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sexta-feira, 19 de abril, 2024

Mãe deixa homem abusar de filhas para reatar casamento

A Justiça pediu a retirada das crianças da casa onde ainda moram o suspeito pelos crimes e a mãe.

24/09/2018 06h58
Por: Laís Eger Penha / Por Midiamax

A Polícia Civil de Campo Grande investiga o estupro de duas irmãs, uma de 17 e outra de 14 anos, que teriam sido violentadas pelo padrasto de 36 anos. A irmã mais velha teria engravidado e teve um bebê do homem quando tinha 16 anos.

O pai das meninas contou que ficou sabendo que as filhas eram estupradas pelo marido da ex-mulher há um mês, em agosto. Ele entrou na Justiça para pedir a guarda dos quatro filhos que tem com a ex-companheira.

Segundo o relato do pai das vítimas e um documento assinado por uma juíza de Campo Grande, os abusos aconteciam há um ano, mas só vieram à tona depois que a garota de 14 anos fugiu de casa e procurou ajuda da tia, que acionou a polícia.

A menina de 14 anos está sob a guarda dessa tia. Na época em que os estupros teriam começado, as meninas tinham 13 e 15 anos, respectivamente. As outras duas crianças não sofreram abusos.

O caso foi relatado à Justiça, que colheu o depoimento de uma das meninas e laudos psicológicos confirmaram os abusos. Segundo o processo, os abusos teriam começado quando o namorado da mãe das meninas terminou o relacionamento.

A menina que hoje está com 14 anos contou à Justiça que, para reatar o relacionamento, a mãe passou a mandar fotos da filha de 15 anos nua para o homem.

Nas mensagens enviadas pelo WhatsApp, diz a menina, a mulher afirmava que se voltasse ele poderia ficar com a filha e com ela. Quando o padrasto voltou a casa começaram os estupros, que teriam acontecido com o consentimento da mãe. A adolescente engravidou do padrasto e teve um bebê, que hoje está com 10 meses.

O pai das crianças relatou que a ex disse que o pai do bebê seria um namoradinho da filha. Ainda no relato feito pela garota de 14 anos, elas eram ameaçadas pelo padrasto caso contassem alguma coisa a qualquer outra pessoa.

As crianças passaram por avaliação psicológica e o abuso foi constatado. No documento da Justiça, a adolescente de 14 anos diz que a irmã chama o padrasto de marido.

A Justiça pediu a retirada das crianças da casa onde ainda moram o suspeito pelos crimes e a mãe. Segundo o pai das crianças, ninguém foi localizado na casa e a mãe teria se mudado e retirado as crianças da escola.

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No domingo (23) o ex-marido foi à delegacia fazer um boletim de ocorrência contra o suspeito por ameaça depois do pedido de guarda dos filhos e da denúncia feita contra ele na Justiça.

Outro Lado

A defesa da mãe dos menores, a advogada Waleska Servion, procurou a reportagem e afirmou que há inconsistências nas alegações do pai. Ela afirmou que, nas próximas horas, a mãe das crianças deverá apresentar ao documentos que contestam as afirmações. Por meio de nota, ela afirmou que são “contraditórias as informações” de que os menores estariam sendo escondidos.

A nota traz, ainda, que o caso está apenas sendo investigado e destaca, em “Segredo de Justiça”, justamente para que julgamentos precipitados não sejam anunciados. A nota também lamenta a exposição que o genitor fez das crianças.

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