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Lutei pela vida e agora luto por justiça, diz mãe de Wesner em protesto

18/02/2017 – Atualizado em 18/02/2017

Por: Campo Grande News

Parentes e amigos de Wesner Moreira da Silva, 17, que morreu na terça-feira (14) após ter uma mangueira de ar comprimido inserido no ânus em um lava jato, fazem um protesto na manhã deste sábado (18) na praça Ary Coelho. Eles clamam por justiça.

A mãe do adolescente, Marisilva Moreira da Silva, 44, conta que o filho pediu que justiça fosse feita. “Eu lutei pela vida dele, agora eu luto por justiça. Só tenho forças de estar aqui, porque antes de morrer, meu filho pediu que os agressores fossem presos”, desabafa.

Os acusados, Thiago Giovanni Demarco Sena, 20, dono do lava jato e Willian Henrique Larrea, 30, funcionário, tiveram o segundo pedido de prisão, negada. “A gente não pode deixar que eles fiquem soltos, pois podem fazer essa maldade com outra pessoa, com outra mãe e essa mãe não pode aguentar a perda do filho. Não está certo eu não poder abraçar, beijar meu filho e eles ficarem por aí, em liberdade pelas ruas”, diz a mãe.

Marisilva reclama ainda que esse jogo da justiça é que fere mais ainda. “Os pais não podem dar uma chinelada em uma criança que já estão em cima. Meu filho morreu e até agora ninguém foi punido. Wesner era um menino bom, nunca fez mal para ninguém”, afirma emocionada.

Prima do adolescente, Camila Aredes Rodrigues, 24, reclama da demora na prisão. “Se fosse filho de alguém importante que tivesse morrido, com certeza os agressores já estariam presos. Não vamos deixar isso acontecer, estamos clamando por justiça”.

Prisão – A falta de consenso sobre a natureza do crime que resultou na morte do adolescente, fez com que o Justiça negasse pelo segundo dia seguido a prisão dos autores.

Thiago e Willian, tiveram pedidos de prisão encaminhados à Justiça Estadual. Porém, na quinta-feira (16), o juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 7ª Vara Criminal de Campo Grande, declinou do caso e o encaminhou para outra vara.

O motivo foi o entendimento dele de que caso se trata de um homicídio doloso, ao invés de uma lesão corporal grave que resultou em morte posterior. Assim, o caso parou nas mãos de Carlos Alberto Garcete, juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

Entretanto, hoje o magistrado também negou a prisão e também afirmou entender que o caso deve ser julgado pelo colega que encaminhou o caso à ele. “Haja vista que o Ministério Público entendeu, num primeiro momento, que se trata de crime de lesão corporal seguida de morte, e não de crime doloso contra a vida”, justificou o juiz.

Crime – Quem fez a denúncia contra a dupla foi o primo da vítima, de 28 anos, na sexta-feira (3), mesmo dia do crime. No relato à delegacia, o rapaz disse que o adolescente “brincava com os colegas de trabalho”, quando um dos homens o agarrou e o dono do estabelecimento inseriu a mangueira de ar comprimido no ânus do garoto.

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Wesner teve hemorragia grave e uma parada cardiorespiratória na Santa Casa nesta terça-feira (14). Segundo a assessoria de imprensa do hospital, onde o adolescente de 17 anos estava internado há 11 dias, ele morreu às 13h35 desta terça-feira (14) depois que médicos tentaram reanimá-lo por 45 minutos.

Mãe de Wesner clama por justiça, após morte do filho. (Foto: André Bittar)

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