27/11/2014 – Atualizado em 27/11/2014
Por: G1
A família do funileiro José Aparecido dos Santos, 49 anos, encontrado morto em casa na sexta-feira (21), enterrou, sem saber, o corpo de outra pessoa. Ninguém percebeu o erro no velório porque o cadáver estava em decomposição e o caixão permaneceu lacrado. A troca foi feita dentro do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) de Campo Grande, que assumiu a culpa pelo ocorrido e informou ter aberto sindicância para apurar o caso.
Quem foi sepultado no lugar de Santos foi o pedreiro Cícero Rosa, 55 anos, vítima de enfarto. “Ficamos todos perplexos. Todo mundo está indignado, revoltado e a situação está muito difícil para a família. O pessoal está inconformado”, diz o irmão de José Aparecido, Ademir Alves dos Santos.
Parentes do funileiro foram comunicados sobre o engano e o instituto providenciou a exumação. A família dele, que antes já havia reclamado da demora na liberação do corpo, agora vão ter que esperar a realização de uma nova perícia.
“Existe no Imol todo um procedimento padrão de realização de exame necroscópico em corpos em putrefação. Então existe uma série de exames que têm que ser realizados, inclusive o de raios-X, exame de DNA, exame necroscópico, exame interno do corpo”, afirma o diretor do órgão, Marco Antônio Araújo, justificando o longo tempo de espera.
O engano, segundo ele, foi cometido pelo agente funerário de plantão no momento de retirar o cadáver da câmara fria. “Houve um equívoco”, diz.