15/03/2017 17h14
Órgãos de saúde ainda aguardam laudos que irão confirmar se jovem teve outras doenças
Por: Campo Grande News
O Hospital Militar de Área de Campo Grande informou, na tarde desta quarta-feira (15), que a publicitária Érica Simone Coelho, 27 anos, tinha HIV – vírus causador da Aids – e morreu com diagnóstico clínico de pneumonia e choque séptico, mas pode ter tido outras doenças. Érica morreu após ficar oito dias internada no hospital militar com febre, dor no corpo e mal estar, além de diarreia.
Segundo o hospital, durante o período em que esteve internada, a paciente passou por todo o atendimento necessário, sendo submetida a inúmeros exames de sangue e fezes, que descartaram como possíveis causadoras de sua morte as doenças dengue, chikungunya e hepatites, e identificaram a presença do HIV.
Nesta terça-feira (14), a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) informou que a leptospirose e influenza também haviam sido descartadas.
Ainda conforme o hospital, um diagnóstico sindrômico – feito a partir dos sintomas da paciente – apontou como causa da morte de Érica choque séptico e pneumonia, causada por infecção pulmonar, além de alteração de coagulação por agente etiológico desconhecido.
“No momento aguarda-se o resultado dos exames para outras doenças, que estão sendo feitos em laboratórios fora do Estado. Até a presente data, não há previsão de recebimento dos resultados”, informou o hospital.
Ontem, a Sesau informou ao Campo Grande News que ainda analisa exames referentes a possibilidade da jovem ter tido febre maculosa, febre amarela e hantavírus, no entanto, também não estipulou prazo para que os diagnósticos fiquem prontos.
Morte – Érika estava internada desde o dia 3 de março, em um setor isolado do Hospital do Exército, mas morreu no último sábado. O corpo da publicitária foi velado e sepultado no Cemitério Jardim das Palmeiras, no Jardim Seminário.
A jovem passou o Carnaval em São Paulo (SP), para onde viajou no último dia 24 de fevereiro, e retornou a Campo Grande no dia 1º de março, dois dias antes de sua internação.
Na época em que a moça estava internada, familiares disseram que não acreditavam na relação entre a viagem e o quadro clínico grave apresentado. O caso chocou pessoas próximas de Érica e deixou as autoridades em alerta.