22/01/2019 15h10
Por: Deyvid Santos
O dono de uma boate em Brasilândia (MS) foi preso em flagrante na pela Polícia Civil acuasado de tráfico internacional de pessoas e manter uma casa de prostituição. A ação foi deflagrada após a Polícia Civil ter apurado que garotas de programas que trabalhavam no local eram impedidas de sair caso não pagassem as dívidas que iam contraindo com o dono do local.
As dívidas seriam originadas desde o consumo com alimentação, bebida e até taxas que as garotas deviam por programa realizado. A Polícia apurou que três cidadãs paraguaias que trabalhavam no local tentaram fugir, mas foram perseguidas pelo proprietário da boate, que subtraiu dinheiro, telefone celular e bagagem e uma delas, alegando que ela ainda não havia dado o retorno do investimento feito nela e por isso não poderia ir embora para seu país de origem.
Documentos apreendidos pela Polícia Civil comprovam que o proprietário da boate financiava a vinda das cidadãs paraguaias para o Brasil, onde eram obrigadas a se prostituir até que fosse pago o valor que ele, supostamente, teria investido. Tais valores incluíam estadia na boate, alimentação (precária), bebidas e comissão de programas realizados.
Foram apreendidos tikets de passagens desde Foz do Iguaçu (PR) até a região de Brasilândia, bem como comprovantes de pagamentos feitos em casa de câmbio, cujos favorecidos eram cidadão paraguaios, indicando a ocorrência de tráfico de seres humanos, cuja pena chega a 8 anos de reclusão. A pena para o outro crime, de manter casa de prostituição, pode chegar a cinco anos de reclusão.
Na casa de prostituição foram apreendidos preservativos, cadernos com anotações sobre os programas e consumo das garotas de programa e uma máquina de cartão de crédito. A Polícia Civil vai solicitar a quebra de sigilo do equipamento e ouvir as pessoas que fizeram gastos com cartão de crédito ou débito no local, para apuração mais detalhada do crime.
As cidadãs paraguaias resgatadas foram ouvidas na delegacia e liberadas, indicando que seguiriam viagem para seu país de origem. Todas apresentavam documentos de migração. A Polícia Civil vai encaminhar ofício à Polícia Federal com os dados das cidadãs paraguaias para verificação da legalidade do ingresso no país.
A Polícia Civil solicita que quem tenha informações sobre esse tipo de crime ou qualquer outra modalidade criminosa (drogas, armas de fogo, furtos) que colabore com a Justiça fazendo uma denúncia anônima.
Informações da Assessoria de Imprensa
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