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Depois de estupro, filhas de 11 e 13 anos vão à polícia denunciar o pai

12/02/2016 – Atualizado em 12/02/2016

O homem foi preso em flagrante

Por: Midiamax

Depois de uma noite de pânico, duas meninas de 11 e 13 anos procuraram a polícia nesta quarta-feira (10) para denunciar o pai por estupro de vulnerável em Costa Rica, a 333 quilômetros de Campo Grande. As vítimas foram até a delegacia da cidade, depois que o homem passou a mão na filha mais nova, que precisou se esconder no banheiro para parar o abuso.

De acordo com o delegado Alexandro Mendes de Araujo, responsável pelo caso, as meninas tomaram a iniciativa de procurar a polícia depois que o pai, que é usuário de crack, abusou da filha mais nova pela primeira vez. Visivelmente abalada, a menina de 11 anos contou para a polícia que o homem estava embriagado e começou a passar a mão nas coxas e nas nádegas dela.

Assustada, a criança correu e se escondeu dentro do banheiro da casa, onde ficou até o pai ir dormir. Assim que o suspeito entrou no quarto, a menina saiu do local, mas por medo ela não conseguiu dormir. De manhã, a vítima resolveu contar para a irmã de 13 anos o que havia acontecido.

Assim que soube da história, a mais velha ficou revoltada e confessou que também era vítima do pai desde que tinha 10 anos de idade. As irmãs então foram à delegacia e contaram para o delegado, que diante da gravidade do caso foi até a residência da família e prendeu o suspeito em flagrante por estupro de vulnerável.

“A menina de 13 anos contou que desde os 10 anos era molestada pelo pai, ela passava a mão por todo o corpo dela e a ameaçava matar ela e a mãe para que não contasse a alguém. Ela inclusive contou que já havia sido agredida com um tapa na cara quando tentou parar os abusos ou começou a chorar”, relata Alexandro, que ainda destacou que mesmo em conjunção carnal, os atos são considerados estupro.

Em todo o momento as crianças relatavam a polícia como o pai era violento. Segundo o delegado, as ameaças as filhas eram ainda mais graves pelo fato do suspeito estar em regime semiaberto por conta de uma tentativa de homicídio. “Eram ameaças reais. Era nítido o medo das meninas”, explica o delegado.

Ainda conforme o delegado, os abusos aconteciam quando a mãe das crianças estava dormindo ou trabalhando, já que o marido era viciado em crack e ela era a responsável por sustentar a família. “As vítimas narram que a gravidade do vício dele era tão grande que ele já vendeu fogão, geladeira e até a roupa do corpo para comprar droga”.

O homem está preso em flagrante pelo abuso da filha mais nova, mas a prisão pode ser convertida para preventiva. Conforme o delegado, o inquérito terá indícios do crime contra as duas meninas.

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