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De muleta e sem perna, rapaz diz que matou ao se defender

22/10/2014 – Atualizado em 22/10/2014

Por: Mídiamax

Autor de um homicídio ocorrido na Vila Nasser, Anderson Rodinei Padilha da Silva, 26 anos, apresentou-se às autoridades da 2ª Delegacia de Polícia de Campo Grande na manhã de hoje (21). Acompanhado do advogado, ele confessou o crime e disse que atirou porque havia sido agredido pela vítima, Eric Ricardo Amâncio de Lima, da mesma idade. O motivo foi uma dívida de moai.

Rodinei alegou que no início da madrugada do último sábado (18), estava dentro de uma conveniência na Vila Nasser, quando Eric chegou ao local. Como já era tarde, o proprietário impediu a entrada e então ele invadiu o estabelecimento, pulando um dos muros. Eric foi em direção à Rodinei e passou a agredi-lo com tapas e socos no rosto.

De muletas e com dificuldades para se defender, já que perdeu a perna esquerda e tem limitações nos movimentos do braço esquerdo em decorrência de um acidente de trânsito, Rodinei tentou fugir e entrou em seu carro. Houve perseguição e eles se dispersaram, mas acabaram se encontrando novamente, supostamente por acaso. “Ele [Eric] estava na frente da casa da irmã dele que fica na mesma região. Quando me viu, veio correndo na minha direção. Eu peguei a arma que estava no carro e atirei sem ver”, disse. Eric morreu no local e o autor fugiu.

Moai – A confusão toda teve início porque o sobrinho de Eric desistiu de pagar as prestações de um moai (sistema de poupar dinheiro geralmente feito entre amigos) administrado pela esposa de Rodinei, mas mesmo assim queria receber o valor da bonificação referente a R$ 800. “Nem eu e nem ele tínhamos algo a ver com isso. Ele veio me cobrar de uma coisa que nem era dele, e mesmo que fosse, não teria direito, pois desistiu do moai porque quis e não poderia prejudicar outras pessoas que estavam pagando”, explicou.

Durante sua apresentação, Rodinei também confessou outras passagens pela polícia por crimes como vias de fato, e afirmou que conhecia a vítima desde criança, porém eles não eram amigos. “Se fosse meu amigo certamente não bateria na minha cara”, disse ele, reforçando que se arrependeu. “Se eu pudesse voltar atrás, não faria isso. Estou triste por tudo que aconteceu, mas me apresentei porque devo pagar pelo que fiz. Se eu tentasse fugir, só pioraria as coisas”.

O delegado Weber Luciano de Medeiros, titular da 2ª DP, afirmou que o suspeito vai responder em liberdade. Durante as diligências foi apreendido um revólver calibre 38 utilizado no crime. “Ele [Rodinei] não é nenhum exemplo a ser seguido, mas está colaborando com o trabalho da polícia nas investigações. Ele responde em liberdade, mas se durante o inquérito levantarmos outras informações que agravem a situação, poderemos pedir a prisão”, afirmou.

Revólver calibre 38 usado no crime foi apreendido pela polícia. (Foto: Marcelo Calazans)

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