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sexta-feira, 29 de março, 2024

Caranguejeira encontrada em residencia assusta morador

14/09/2014 – Atualizado em 14/09/2014

Por: Redação e dados da Wikimedia

Filipe Prestes morador de Três Lagoas, publicou na sua pagina do face a foto de uma visita pouco habitual na sua residência que com os seus mais de 100 filhotes despertou a curiosidade e o medo dos seus amigos e familiares.

Apesar do seu aspecto natural a Caranguejeira ou Tarântula como é denominada apresenta poucos perigos à pessoa humana. Essa afirmação está baseada nas pesquisas que a equipe do site realizou para conhecer e divulgar os seus principais hábitos.

Tarântulas ou caranguejeiras são aranhas da família Theraphosidae que se caracterizam por terem pernas longas com duas garras na ponta, e corpo revestido de cerdas. As tarântulas habitam as regiões temperadas e tropicais das Américas, Ásia, África e Oriente Médio.

Enquanto estão crescendo, têm uma fase de troca de pele chamada ecdise. Apesar do tamanho e aspecto sinistro, as tarântulas não são perigosas para a espécie humana, uma vez que não produzem toxinas nocivas aos humanos, por isso são eventualmente criadas como animais de estimação.

Uma de suas defesas são os pêlos urticantes de suas costas e abdômen, que irritam a pele do possível predador. Em média atingem de 15 cm a 25 cm de comprimento com as pernas estendidas, mas existem espécies que podem chegar até 30 cm, como é o caso da tarântula-gigante-comedora-de-pássaros (Theraphosa blondi) da América do Sul.

Se para muitos as caranguejeiras são assustadoras e provocam arrepios, para os estudiosos e apaixonados por animais exóticos elas são bichos fascinantes.

No Brasil, mesmo que seu comércio seja ilegal, ao contrário do que acontece em países da Europa e nos EUA, onde a criação das caranguejeiras ganha cada vez mais adeptos,muitos capturam esses bichos na natureza e os mantêm como pets.

Na natureza ela se alimenta principalmente de insetos como besouros, baratas, grilos, formigas e pequenas aranhas, além de filhotes de aves, sapos, serpentes, lagartos e pequenos mamíferos.

Já em cativeiro, o cardápio é um pouco mais limitado, sendo fornecidos bichos criados em laboratório como grilos, baratas e camundongos recém-nascidos.

O biólogo Rogério Bertani, pesquisador científico do Instituto Butantan (SP), explica que a alimentação deve ser feita com animais vivos e, eventualmente, com mortos na falta da primeira opção. “Eles são oferecidos uma vez por mês e a quantidade varia de acordo com o tamanho da aranha.

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Pode ser um grilo ou uma barata, pequenos, para aranhas jovens ou até mesmo quatro ou cinco baratas para uma caranguejeira grande”, aponta o biólogo.

Outros preferem alimentá-las quinzenalmente, o que também dependerá do tamanho e tipo da presa, mas não recomendam o uso frequente de ratos devido ao seu alto valor proteico.

As aranhas-caranguejeiras possuem uma boca muito pequena e, graças à dissolução das presas pela ação do seu veneno, elas “bebem” seu alimento. Por isso, aconselha-se oferecer a presa com uma pinça, para evitar que ela fuja e se esconda da aranha.

TEIAS-GUIA

Ao contrário de outras aranhas, as caranguejeiras não constroem teias com o objetivo de capturar as suas presas. Os fios de seda que ficam no chão ou ao redor das tocas servem como um guia para avisá-las sobre potenciais intrusos ou alimentos. “As teias também servem para enrolar os restos alimentares, auxiliar o processo de troca de pele e armazenar ovos para encubação, entre algumas outras funções”, acrescenta o biólogo.

ERROS MAIS COMUNS

A falta de limpeza adequada do terrário deixa restos de comida que atraem moscas que depositam ovos no local. Com isso, as larvas podem atacar as aranhas e levá-las a morte. Outro ponto é a hidratação, pois para algumas espécies a água dos corpos de suas presas não é suficiente.

CICLO DE VIDA

As tarântulas têm um ciclo de vida longo e levam de 2 a 5 anos para atingir a maturidade sexual. Os machos morrem normalmente após o acasalamento, alcançando 5 a 7 anos de vida. Antes de se tornarem adultas, as tarântulas têm de comer diariamente, exceto no período de sua troca de pele, quando há um jejum de, em média, dez dias antes e de sete dias depois. Quando já são adultas podem passar por longos períodos sem comer. Foram registrados casos de longevidade de fêmeas em cativeiro com até 25 anos.

HÁBITOS

As tarântulas são animais solitários e noctívagos. Alimentam-se de pequenos animais, que nas espécies maiores podem incluir pequenos pássaros, roedores ou anfíbios. Todas as espécies de tarântulas apresentam canibalismo.

TOCA

A maioria das Tarântulas não se afasta de sua toca, nem mesmo para se alimentar, pois sentem a presença das presas pela vibração do solo. O macho normalmente é quem faz as viagens mais longas para encontrar as fêmeas.

As tocas são normalmente subterrâneas, geralmente aproveitadas de outras aranhas ou roedores. São forradas com sua teia formando uma seda, o que arrefece o esconderijo. Geralmente ficam próximas a raízes de árvores e pedras, e podem chegar até 1 metro de profundidade.

Existem espécies que também são arbóreas — não necessitam ir ao solo durante toda sua vida, e fazem tocas em buracos nas árvores.

REPRODUÇÃO

O acasalamento das tarântulas é como o da maioria das aranhas. Uma diferença é que o macho tem ganchos para prender as presas das fêmeas no ato sexual. Os machos têm seus pedipalpos modificados para a cópula.

Normalmente o macho foge logo após o ato, antes que a fêmea recobre seu apetite, e morre poucos meses depois, devido a seu curto ciclo de vida. A fêmea armazena o esperma vivo num órgão especial, até chegar a época de botar os ovos.

As fêmeas depositam entre 50 a 200 ovos num saco de seda que incubam por cerca de 6 semanas. Os ovos são bem grandes, e o saco pode chegar a ficar do tamanho de um limão. Os filhotes já nascem com um bom tamanho. Após o nascimento as pequenas tarântulas não recebem cuidados parentais, ficam pouco tempo na toca e logo depois se dispersam.

CURIOSIDADE

A dança italiana tarantela foi dada em homenagem ao animal pois pensava-se que o veneno era mortal e para se livrar dele era preciso dançar

ASPECTO

Pelo seu aspecto, a tarântula ficou famosa popularmente pela literatura e pela televisão, mas seu veneno não é letal para os Humanos. São muito calmas e para atacar , é preciso que ela se irrite muito, porém sua picada é muito dolorosa.

CATIVEIRO

A criação de tarântulas em cativeiro tem várias vantagens: é necessário alimentá-las apenas de uma a três vezes por semana, elas não emitem odores, não fazem sujeira ou barulho, não transmitem doenças, e algumas espécies não são agressivas, embora algumas espécies africanas maiores e a comedora-de-pássaros possam ser bastante agressivas, principalmente pelo seu tamanho. Sua picada, entretanto, é bastante dolorosa devido ao tamanho de suas quelíceras. Não é recomendável criar mais de uma aranha no mesmo local, pois as tarântulas são canibais.

ECDISE

A maioria das espécies de aranhas não fazem ecdise depois do estágio adulto, mas as tarântulas fêmeas o fazem ao longo de toda vida. Dessa forma, elas conseguem regenerar membros perdidos ou danificados.

PRESERVAÇÃO

A tarântula é espécie ameaçada devido principalmente à destruição do seu habitat, e a caça para criação como animal de estimação. Em contrapartida, é uma das aranhas mais criadas em cativeiro.

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