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Uso exagerado das ‘telinhas’ pode insensibilizar crianças

18/09/2014 – Atualizado em 18/09/2014

Celular desenvolvido pela IBM completa 20 anos

Por: R7 / BBC Brasil

Um estudo da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, indica que o uso exagerado de equipamentos digitais pode atrapalhar a capacidade de crianças em reconhecer emoções de outras pessoas.

Pesquisadores do departamento de psicologia observaram 105 alunos de 11 e 12 anos, divididos em dois grupos, e perceberam que depois de cinco dias sem acesso às telas de celulares, tablets ou televisores, eles passaram a identificar emoções muito melhor.

No estudo publicado na revista especializada Computers in Human Behaviour os psicólogos afirmam que o efeito da mídia digital pode ser muito mais danoso do que se imagina.

“Muitos olham para os benefícios da mídia digital na educação, mas não há muitos que estudam o custo disso”, afirmou uma das autoras da pesquisa, Patricia Greenfield.

“Sensibilidade reduzida diante de sinais emocionais, ou uma certa perda da capacidade de entender as emoções dos outros, é um deles”, disse.

Ela diz ainda que a troca da interação interpessoal pela interação via telas parece estar reduzindo o “traquejo social”.

Os alunos da rede pública californiana foram separados em dois grupos: 51 passaram cinco dias no Instituto Pali, um acampamento para ciência e natureza cerca de 110 km a leste de Los Angeles, enquanto os outros 54 continuaram em sua escola em Los Angeles (eles também passaram cinco dias no acampamento depois do estudo).

O acampamento não permite o uso de equipamentos eletrônicos, o que muitos alunos acharam difícil nos primeiros dias. No entanto, a maioria se adaptou à situação rapidamente.

No início do estudo, ambos os grupos tiveram avaliada a capacidade de reconhecer emoções em outras pessoas por meio de fotos e vídeos.

Depois de cinco dias no Instituto Pali, os 51 alunos apresentaram uma melhora significativa nesta capacidade.

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Já os que continuaram imersos nas “telinhas” não tiveram grande melhora.

“Não se pode aprender a ler sinais não-verbais a partir de uma tela da mesma forma que se aprende na comunicação cara a cara. Sem essa prática, perde-se importantes habilidades sociais”, disse outra autora do estudo, Yalda Uhls.

O conselheiro do governo britânico para questões de infância, Reg Bailey, também recentemente criticou o uso excessivo de equipamentos eletrônicos.

Para ele, os pais estão deixando as “telas assumirem o controle” e recomendou que as famílias passassem mais tempo conversando.

Bailey afirmou que as famílias deveriam considerar “refeições sem-telinhas” para estimular o contato pessoal.

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