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quarta-feira, 24 de abril, 2024

Tribunal Superior Eleitoral irá averiguar uso de notícias falsas durante eleições

28/03/2018 08h38

Estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) apontou o uso de robôs nas eleições de 2014 por três candidatos à Presidência da República

Por: Da Redação

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Fux, decidiu, na noite da última terça-feira (27), abrir procedimento junto ao Ministério Público Eleitoral para que seja verificada a possível ocorrência de irregularidades apontadas em estudos realizados pela Fundação Getúlio Vargas e pela USP (Universidade de São Paulo) sobre proliferação de notícias falsas na internet, as chamadas “fake news” (notícias falsas). As duas instituições identificaram, em trabalhos independentes, entidades supostamente produtoras de notícias falsas, inclusive com a utilização de robôs.

“Vamos instaurar um procedimento que será remetido ao Ministério Público, que vai solicitar o auxílio da Polícia Federal para nós verificarmos que tipo de material essas organizações têm à sua disposição”, disse Fux após a sessão de terça.

A intenção é que o Ministério Público Eleitoral instaure Procedimento Preparatório Eleitoral para reunir informações junto a essas instituições acadêmicas e empresas líderes no segmento de marketing eleitoral citadas nos estudos e apurar a prática de abusos com o objetivo de distorcer a liberdade de informação e influenciar na tomada de decisão do eleitorado brasileiro nas próximas eleições.

Estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) apontou o uso de robôs nas eleições de 2014 por três candidatos à Presidência da República. A análise revela indícios de presença de robôs de origem russa na disseminação de material de campanha.

Em outra frente, um levantamento feito pela Associação dos Especialistas em Políticas Públicas de São Paulo, com base em critérios de um grupo de estudo da USP, identificou os maiores sites de notícias do Brasil que disseminam informações falsas, não-checadas ou boatos pela internet, as chamadas notícias de “pós-verdades”.

O presidente do TSE também decidiu convidar a representação brasileira da empresa Cambridge Analytica para prestar esclarecimentos ao Conselho sobre sua atuação no Brasil. Recentemente, a empresa viu-se envolvida em denúncia por fazer uso de dados privados de 50 milhões de usuários do Facebook, sem autorização, para fins políticos durante a campanha presidencial de Donald Trump, em 2016.

O uso notícias falsas gera preocupação para as próximas eleições e o TSE tem mapeado os principais problemas, com ajuda dos membros do Conselho Consultivo sobre Internet e Eleições, formado por representantes da Justiça Eleitoral, Governo Federal, Exército Brasileiro, Polícia Federal, Ministério Público Eleitoral, Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Comitê Gestor da Internet, além de acadêmicos e representantes da sociedade civil organizada.

Por: Midiamax

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