30/08/2014 – Atualizado em 30/08/2014
Por: AtaNews
Um tratorista de 30 anos foi preso na tarde desta sexta-feira (29), em Sud Menucci, acusado do crime de tortura. O homem castigou o próprio sobrinho, uma criança de 10 anos, queimando a boca e língua do garoto. Segundo ele, o ‘castigo’ foi aplicado porque o menino teria falado mal da sua amásia.
A crueldade ocorreu pouco antes da meia-noite de quinta-feira (28), mas só foi descoberta hoje (29) depois que professores da criança notaram os ferimentos de queimadura no menino. O Conselho Tutelar foi acionado e, logo, comunicou o fato a Polícia Civil.
Segundo informações apuradas pelo portal Ata News, o caso de maus-tratos ocorreu no Distrito de Bandeirantes D’Oeste.
VIOLÊNCIA
Na noite dos fatos, o tratorista, usando de força física, pegou a criança pelo braço e levou até a cozinha. Em seguida, o homem aqueceu uma colher de metal no fogão e usou-a para queimar a boca e língua do sobrinho.
Quando chegou à escola, na sexta de manhã, o garoto contou aos professores à violência que havia sofrido após um deles terem questionado o aluno sobre as queimaduras na boca. Policiais civis de Sud Menucci foram acionados e conseguiram localizar o tratorista no município de Suzanápolis.
Ele estava trabalhando em uma usina quando foi preso. Na delegacia, o homem alegou ter “perdido a cabeça” ao aplicar o castigo na criança. Ele foi preso e conduzido à cadeia de Pereira Barreto. O caso foi tipificado como tortura. A pena para este tipo de crime é de 2 a 8 anos de reclusão.
DADOS
Por dia, 355 crianças são vítimas de violência no Brasil. Somente no ano de 2012, foram 130.029 registros.
Este número equivale a 77% das denúncias recebidas pelo Disque 100, telefone da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República que recebe denúncias de violações contra crianças e adolescentes, portadores de deficiência, homossexuais, moradores de rua e idosos.
A violação mais recorrente contra crianças e adolescentes é a negligência, seguida de violência psicológica, violência física e violência sexual, conforme o que foi divulgado pelo CRAMI – Centro Regional de Atenção aos Maus Tratos na Infância do ABCD.