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sexta-feira, 29 de março, 2024

Regina Casé vai a cemitério para enterro de dançarino do ‘Esquenta’

24/04/2014 – Atualizado em 24/04/2014

Muito emocionada, disse que ficaria ‘chocada’ mesmo sem conhecer DG.Dançarino morreu ao ser baleado em favela da Zona Sul do Rio.

Por: G1

A apresentadora do programa “Esquenta!” da TV Globo, Regina Casé, chegou para o enterro do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, conhecido como DG, às 14h45 desta quinta-feira (24), no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio. Regina entrou em meio a um tumulto e chorou muito ao falar com jornalistas sobre a morte.

“Se fosse uma pessoa que eu nunca vi na vida, que eu não conhecesse, eu ficaria chocada de qualquer maneira”, disse a apresentadora, muito emocionada, e lembrando que, em quatro anos de programa com participação de DG, ele se mostrou sempre pontual e dedicado. “Era um excelente profissional, todas as crianças amam, muito criativo.”

Mais cedo, Regina Casé já havia postado uma mensagem em seu perfil no Instagram. “Abraçados…, de roupa…., chorando…. adormecemos por algumas horas. Hoje o dia vai ser duro. Apoiar e amparar sua família, a minha, a nossa… E procurar forças pra enterrar nosso menino e buscar coragem pra continuar… DG Vem que vem pra sempre pros nossos corações!”, escreveu.

Protesto
Um grupo formado por mais de cem pessoas, liderado por dezenas de motociclistas saiu de Copacabana, onde fica a comunidade Pavão-Pavãozinho, para protestar na porta do cemitério contra a política de pacificação. DG, dançarino do programa de Regina Casé na TV Globo, foi encontrado morto após ser atingido por um tiro na terça (22) em uma creche da favela pacificada. O velório do dançarino começou na quarta-feira (23).

Uma chuva forte caiu por volta das 14h30, mas não esfriou os ânimos da manifestação. “Não vai ter Copa” foi o primeiro grito que se ouviu quando o grupo se aproximava da saída do Túnel Velho. Em seguida, as palavras de ordem exigiam o fim da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), que era chamada de “assassina”. Os manifestantes foram aplaudidos por quem já estava no velório do dançarino.

A mãe de DG, Maria de Fátima Silva, disse que não gostaria da presença de policiais no enterro de seu filho. “Eu não quero eles aqui. Aqui estão os amigos do meu filho, que vieram se despedir dele. Não tem bandido aqui. Eles não têm que estar aqui”, dizia ela ao perceber a intensa movimentação policial que se formou após a chegada do grupo que saiu a pé da comunidade Pavão-Pavãozinho para protestar. Durante toda a manhã não havia policiamento nos arredores do cemitério

‘Esquenta!’
Douglas Rafael fazia parte do Bonde da Madrugada, do programa “Esquenta!”. Em nota enviada no dia da morte de DG, Regina Casé lamentou a morte e pediu que o crime seja esclarecido.

“Eu estou arrasada e toda a família Esquenta está devastada com essa notícia terrível. Uma tristeza imensa me provoca a morte do DG, um garoto alegre, esforçado, com vontade imensa de crescer. O que dizer num momento desses? Lamentar claro essa violência toda que só produz tragédias assim. Que só leva insegurança às populações mais pobres do país. Agora, é impossível saber exatamente o que houve. Mas é preciso que a Polícia esclareça essa morte, ouvindo todos, buscando a verdade. A verdade, seja ela qual for, não porá fim à tristeza. Mas é o único consolo”, disse.

A assessoria de imprensa da Globo também se manifestou: “A família Esquenta! está profundamente abalada e triste com a notícia da morte. Perdemos um dos mais criativos dançarinos que já conhecemos em qualquer palco. Desde a primeira temporada do nosso programa, há quatro anos, DG só alegrava nossas gravações. Ele vai sempre ser lembrado em nossas vidas por estas duas palavras: alegria e criatividade”.

Reforço
O policiamento continuava reforçado na manhã desta quinta-feira nas proximidades do Morro Pavão-Pavãozinho, após o protesto violento da terça (22), quando foi achado o corpo do dançarino.

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Foto Divulgação/ Regina Casé era uma das mais emocionadas na cerimônia

Foto/ Divulgação/ Moradores da comunidade Pavão-Pavãozinho protestam após morte do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, pela Rua Nossa Senhora de Copacabana, no Rio de Janeiro

Grupo de manifestantes caminha em direção ao Cemitério São João Batista

Mãe de Douglas, Maria de Fátima Silva, durante velório do dançarino

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