17/08/2017 15h41
José Sérgio Gabrielli e diretores da estatal são acusados de gestão temerária
Por: Valdecir Cremon
Uma ação ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) cobra devolução de R$ 155 milhões aos cofres da Petrobras pelo ex-presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, e cinco ex-diretores da petrolífera, que teriam autorizado, em 2012, antecipação de pagamento às empreiteiras do Consórcio UFN 3, contratado para a instalação da usina de fertilizantes nitrogenados em Três Lagoas (MS).
A ação cita indício de desvio de verbas públicas e gestão temerária.
Diretores das empresas Galvão Engenharia e Sinopec Petroleum do Brasil são acusados na mesma ação por irregularidades na obra, apontadas por uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), feita no ano passado.
O adiantamento ao consórcio ocorreu “sem qualquer contraprestação” específica que protegesse a Petrobras em caso de rompimento do contrato, o que ocorreu em 2014, quando as obras foram paralisadas já na gestão de Graça Foster na presidência da estatal.
Gabrielli presidiu a Petrobras entre 2005 e 2012, no mesmo ano que a antecipação de dinheiro foi autorizada ao consórcio.
A instalação da usina está com 80% de seu cronograma concluídos. A Petrobras investiu R$ 3 bilhões nas obras, com dois terços deste valor em empréstimos obtidos do BNDES.
O MPF também pede à Justiça a indisponibilidade de bens dos acusados, suspensão de direitos políticos e proibição de contratar com o poder público, previstas na Lei de Improbidade Administrativa.
A reportagem encaminhou e-mail ao advogado de Gabrielli, mas não obteve resposta até esta publicação.
LEIA ABAIXO ÍNTEGRA DA AÇÃO.