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Inflação em outubro fica em 0,45%, a maior para o mês em 3 anos

No acumulado em 12 meses, o índice ficou em 4,56%.

07/11/2018 08h45
Por: Laís Eger Penha

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,45% em outubro após ter registrado alta de 0,48% em setembro, segundo divulgou nesta quarta-feira (7) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar da desaceleração em relação ao mês imediatamente anterior, trata-se da maior taxa para o mês desde 2015 (0,82%).

No acumulado em 12 meses, o índice ficou em 4,56%, acelerando frente aos 4,53% dos 12 meses imediatamente anteriores e se mantendo acima do centro da meta do Banco Central, que é de 4,5% para o ano, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

No acumulado nos 10 primeiros meses do ano, a alta é de 3,81%, acima do registrado em igual período de 2017 (2,21%).

Transportes e alimentos puxam alta

Os preços do grupo alimentação e bebidas aceleraram para 0,59% em outubro, enquanto os preços relacionados à transportes registraram alta de 0,92%. “Juntos, esses dois grupos responderam por 43% das despesas das famílias e contribuíram com cerca de 70% do índice do mês”, destacou o IBGE.

Mais uma vez os preços dos combustíveis foram destaque de alta, com variação de 2,44%. Mesmo com desacelaração na comparação com setembro, os combustíveis responderam por aproximadamente um terço da inflação oficial em outubro, em razão do peso destes itens na composição do índice.

A maior alta foi no etanol (4,07%), seguido por óleo diesel (2,45%), gasolina (2,18%) e gás veicular (0,06%). Ainda no grupo transportes, as passagens aéreas tiveram alta de 7,49%.

No grupo alimentação e bebidas, a alta foi puxada pelos custos da alimentação no domicílio (0,91%), com destaque para o aumento do preço do tomate (51,27%), batata-inglesa (13,67%), frango inteiro (1,95%) e carnes (0,57%).

IPCA em outubro por setor:

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  • Alimentação e Bebidas: 0,59%
  • Habitação: 0,14%
  • Artigos de Residência: 0,76%
  • Vestuário: 0,33%
  • Transportes: 0,92%
  • Saúde e Cuidados Pessoais: 0,27%
  • Despesas Pessoais: 0,25%
  • Educação: 0,04%
  • Comunicação: 0,02%

Gasolina acumula alta de 22% em 12 meses

A gasolina foi o item de maior impacto individual na composição do IPCA de outubro (0,10 ponto percentual). Em 12 meses, a gasolina também aparece como a principal pressão sobre a inflação, acumulando alta de 22,31% e respondendo por 0,90 p.p. da variação de 4,56% do índice no período.

Veja abaixo as principais pressões na composição do índice no acumulado em 12 meses:

Gasolina – 22,31%
Energia elétrica residencial – 16,69%
Plano de saúde – 11,75%
Leite longa vida – 25,76%
Empregado doméstico – 4,20%
Cursos regulares – 5,68%
Refeição fora – 3,01%
Ônibus urbano – 5,04%
Taxa de água e esgoto – 6,40%
Etanol – 11,85%

Segundo o IBGE, estes 10 itens respondem por 67% do índice acumulado no ano.

Meta de inflação

A previsão dos analistas para a inflação em 2018 caiu de 4,43% para 4,40%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central.

O percentual esperado pelo mercado continua abaixo da meta de inflação que o Banco Central precisa perseguir neste ano, que é de 4,5% e dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema – a meta terá sido cumprida pelo BC se o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficar entre 3% e 6%.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), atualmente em 6,5% ao ano.

Para 2019, os economistas das instituições financeiras mantiveram sua expectativa de inflação estável em 4,22%. A meta central do próximo ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerência do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.

Em 2017, a inflação oficial do país ficou em 2,95%, fechando pela primeira vez abaixo do piso da meta fixada pelo governo, que era de 3%.

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