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sábado, 20 de abril, 2024

Globo flagra quadrilhas furtando eucalipto de empresa de celulose

23/05/2016 – Atualizado em 23/05/2016

Por: Marcio Ribeiro com informações do Jornal Floripa.

Um crime vem crescendo silenciosamente nas florestas do Espírito Santo . Repórteres do Jornal Nacional (JN) flagraram a ação de quadrilhas carregando caminhões lotados de madeira roubada. A reportagem mostrou a rota e os alvos desse comércio ilegal.

No meio das florestas de eucalipto, o clima é de tensão. Troncos de árvores impedem a passagem dos carros e assim as pessoas que furtam madeira ganham tempo para fugir da fiscalização.

É possível ver as pessoas colocando a madeira em trator, mas elas se escondem e somem no meio da plantação. É muito difícil flagrar esse crime.

A equipe de reportagem do JN andou quase três horas de carro no meio da plantação de eucalipto para conseguir se aproximar de um grupo que está cortando a madeira. Eles trazem um pequeno trator e é possível ouvir o barulho da motosserra. A equipe gravou de dentro do carro para não despertar muito atenção. Eles também usam um facão. E mais à frente o flagrante do momento em que a árvore é derrubada. As árvores foram cortadas, a madeira foi levada e é comum encontrar clarões no meio da plantação de eucalipto.

A maior área atingida é das empresas que usam o eucalipto para produzir celulose, mas agricultores que vendem a madeira também são vítimas.

“Nós perdemos 1.300 metros cúbicos de madeira, no valor aproximado de 100 mil reais. Assusta porque esses atos têm aumentado”, diz um agricultor.

Ano passado a área com madeira furtada chegou a 20 mil hectares, quase 20 mil campos de futebol.

Imagens gravadas com uma câmera de monitoramento da empresa dona da plantação mostram, à luz do dia, o vai e vem do trator até encher o caminhão. Por dia, mais de 10 caminhões saem carregados das plantações. Para saber para onde vai tanta madeira furtada, a equipe de reportagem pegou a estrada.

Seguranças de uma empresa dizem que toda a madeira foi furtada de uma área particular. O caminhão saiu do município de Conceição da Barra, passou por uma praça de pedágio e atravessou a divisa do Espírito Santo com a Bahia. Passou bem em frente um posto da Receita estadual e não foi parado. Mais de 100km depois ele estacionou em frente a uma serraria, que faz tratamento de madeira, na cidade de Posto da Mata, no sul da Bahia.

“Como é que você passa com nove, dez caminhões de madeira ou carvão por dia e não é pego pela fiscalização?”, reclama o agricultor.

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Nos últimos anos, a polícia já fez operações no Espírito Santo, na Bahia e até em Minas. Ao todo, a polícia capixaba já indiciou mais de 300 pessoas.

“Não é um trabalho fácil, nós temos uma extensão grande de estrada para vigiar, mas é preciso fazer um trabalho de inteligência, porque sem inteligência nós vamos fazer abordagens aleatórias e com pouca efetividade”, diz o secretário de Segurança. André Garcia.

A investigação aponta que a madeira furtada vira matéria-prima para fazer cerca, estacas usadas na construção civil e também vai para fornos que fazem carvão. É um prejuízo de mais de R$ 20 milhões por ano no Espírito Santo.

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