25/10/2014 – Atualizado em 25/10/2014
Por: Ariane Pontes/Informações G1
A jovem iraniana de 26 anos, Reyhaneh Jabbari, matou em julho de 2007 o homem que a agrediu fisicamente e sexualmente, como forma de defesa, foi enforcada na manhã deste sábado, mesmo com os apelos internacionais para poupá-la, a informação é da a agência de notícias oficial Irna.
O crime, uma tentativa de defesa da jovem esfaqueando Morteza Abdolali Sarbandi, um cirurgião e ex-funcionário do ministério da Inteligência do Irã. A Anistia Internacional havia afirmado em um comunicado na sexta-feira que a mulher seria executada, e em sua página no Facebook criada para apoiar Reynhaneh Jabbari aparece agora a mensagem “Descanse em Paz”.
Artistas e membros da sociedade civil reclamavam clemência, assim como organizações internacionais de direitos humanos. Um perito especial da ONU sobre o Irã fez um apelo em abril a Teerã para que suspendesse a execução, alegando que o tribunal não havia considerado todas as evidências e que as confissões da decoradora tinham sido obtidas por meio de coação.
A Justiça iraniana havia dado várias oportunidades para a família de a vítima perdoa-la, o que, de acordo com a sharia (lei islâmica) em vigor no Irã, permite que uma sentença de morte por assassinato seja anulada em troca de uma sentença de prisão.Mas a família de Sarbandi se recusou, exigindo, segundo a imprensa, que Reyhaneh Jabbari falasse “a verdade”.
Sob a lei islâmica, assassinato, estupro, assalto à mão armada, tráfico de drogas e adultério são punidos com a pena de morte. Em 2013, pelo menos 500 pessoas foram executadas no Irã, principalmente por delitos relacionados a drogas, segundo a ONU.