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Chega a 12 o número de países e blocos econômicos que reagiram à Operação Carne Fraca

22/03/2017 14h59

Em muitos países a carne brasileira sumiu das gôndolas

Da redação

Mais países anunciaram restrições à importação de carne brasileira, no rastro da Operação Carne Fraca. Japão, Hong Kong e Suíça suspenderam as compras de produtos originários dos 21 frigoríficos colocados sob suspeita pela Polícia Federal. A Jamaica foi ainda mais longe: além de suspender as compras, apelou para que a população simplesmente não coma carne brasileira e ordenou que supermercados retirem de suas prateleiras os produtos bovinos.

Além disso, os Estados Unidos passarão a inspecionar 100% das amostras de carne importada do Brasil e o governo de Israel pediu mais informações, segundo o Ministério da Agricultura. Com isso, são 12 os países ou blocos econômicos que já adotaram algum tipo de restrição às importações do produto brasileiro ou pediram esclarecimentos após a operação Carne Fraca, da Polícia Federal.

Por outro lado, o Brasil recebeu o apoio do Uruguai e da Argentina, que consideraram suficientes as medidas já adotadas pelo governo para garantir a salubridade dos produtos. Coreia do Sul desistiu de bloquear as compras de produtos da BRF. Mais importante ainda, a China deu indicações de que poderá suspender em breve a medida que atualmente proíbe o desembaraço (saída do porto) da carne brasileira exportada para lá.

Essas idas e vindas deverão continuar por algum tempo, disse o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Luís Eduardo Rangel. Ele considera natural que os 33 países que receberam produtos dos estabelecimentos investigados na Carne Fraca queiram explicações adicionais e já tem pronta uma resposta-padrão, que é adaptada para cada mercado. Muitas vezes, os governos adotam restrições até para dar uma resposta a seus consumidores, igualmente preocupados com as revelações da operação.

“Se formos convincentes e rápidos, não teremos um bloqueio”, disse o ministro da Agricultura, Blairo Maggi. E repetiu a preocupação central do governo no momento: “Não podemos entrar numa lista negra.” Ele informou ter recebido “de alguém” uma estimativa pela qual uma redução das exportações de carne por causa das revelações da Carne Fraca poderão trazer prejuízo de US$ 5 bilhões nos próximos cinco anos. É uma conta por alto, segundo frisou. Num outro cálculo rápido, ele estimou que, se as restrições resultarem em perda de 10% do mercado, a queda nas exportações será de US$ 1,4 bilhão.

O ministério considera que os pedidos de informação e suspensões temporárias dos países destinatários de carne e derivados brasileiros são uma “reação natural” após a operação. No total 33 países e blocos importaram do Brasil nos últimos 60 dias. A Agricultura tem enviado respostas técnicas a todos os países que enviam questionamentos.

VISITA

Nesta terça-feira, 21, Maggi visitou a unidade da Seara, do grupo JBS, em Lapa, a 70 km de Curitiba. É o único estabelecimento alvo da operação que exporta para a China. Mas as vendas são elevadas. No ano passado, foram embarcadas 60 mil toneladas.

A Carne Fraca revelou que os três fiscais que atuavam na unidade assinavam documentos sem fazer vistoria. Para a Agricultura, o problema é particularmente grave porque eles autorizaram exportações sem fiscalizar. E os chineses só aceitam o produto brasileiro porque o governo lhes dá garantia de conformidade.

Na teleconferência da noite de segunda-feira, os chineses pediram justamente uma garantia por escrito de que o produto processado naquela planta tem qualidade. Essa documentação seria enviada ainda hoje para a China. Os técnicos acreditam que, com isso, em breve as importações do Brasil serão retomadas.

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