21/01/2017 – Atualizado em 21/01/2017
Por: Campo Grande News
André viveu para levar as alianças até a irmã no casamento. O diagnóstico que veio aos 8 meses, de diminuição da bainha de mielina, fez os médicos darem só 4 anos de vida para o menino. Ele superou e chegou aos 14 para sentir a alegria de ver a irmã no altar e emocionar os convidados ao redor.
O desejo de Daniela e Rodrigo se realizou debaixo do pé de manga, no bar onde eles dividiram tantos momentos. Uma cerimônia intimista para familiares e amigos, como se fosse em casa era com o que eles sonhavam depois de oito meses de namoro.
A história dos dois começou com uma gentileza de Rodrigo e terminou no altar à sombra da árvore. “Conheci ele na igreja, quando ajudava meu irmão a descer do carro. Nós temos 13 anos de diferença”, resume a noiva, Daniela Serafini Martins Lara, de 20 anos.
O momento das alianças foi com certeza o mais emocionante da cerimônia. Na cadeira de rodas, André foi levado pela irmã gêmea Ana. “Ele só foi apresentar os primeiros problemas com 8 meses. Ele não anda, não fala e era para morrer com 4 anos, porque é uma doença bem degenerativa, mas hoje o André está com 14 e só melhora”, comemora a noiva.
Ele fica em pé sozinho, sem ajuda, e compreende a vida à sua volta. O casamento, por exemplo, a família acredita que ele tenha entendido. “Quando ele me vê, não quer que eu vá embora. Acho que sente saudade”, diz a irmã.
O sorriso sempre foi a marca de André, que nem sentindo dor o abandona. No dia da cerimônia, ele entrou bem quietinho, talvez um pouco assustado, mas quando viu os noivos, abriu o maior sorriso.
“Ele fez a festa. Foi a parte que eu mais chorei”, descreve Dani. “E foi muito importante para mim, porque o André é a minha vida. Eu sou muito apegada a ele, a gente cria um amor especial, diferente, um cuidado, um zelo, que só quem sente vai entender”, completa.
Para a irmã, a reação do pajem foi um misto de euforia e amor.
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